Quanta Ladeira apresenta problemas em seu primeiro ano com estrutura de gigante
O Quanta Ladeira implodiu, foi essa a impressão que se teve durante a prévia do bloco, nesta quinta-feira (12), no Poço da Panela, Zona Norte do Recife. Pela primeira vez em esquema mega, a estrutura não deu conta da grande demanda que teve o evento e problemas estruturais foram sentidos durante todo o show. Mesmo com as famosas canções que fazem paródias de hits da música pop e do frevo, as músicas deste ano não empolgaram o público, que lotou o lugar.
Utilizando um jargão apropriado ao Quanta, o público estava "de cara" durante quase todo o show. Explico: por volta da 0h30, não havia bebida alcóolica disponível para venda. Com filas enormes para comprar fichas, muita gente teve que retirar o dinheiro de volta. A pouca cerveja que tinha estava quente e muita gente reclamava. O bom-humor estava indo embora antes mesmo do início da "greia". Sorte para os ambulantes, que fizeram sucesso com seus isopores cheio de bebidas geladas. "Latão é quatro conto", foi o que mais se ouviu entre a multidão.
No palco, a música tema do Quanta Ladeira, fez o levante inicial do público, que cantava em coro. Em seguida, as aguardadas novas composições não desceram muito bem. Referências ao mensalão do Democratas, candidatura de Dilma ("essa Dilma ninguém azara") e José Serra não empolgou muito a plateia, que ficou esperando os standards, como "Para eu comer teu c* falta uma polegada" e outros. Divertida a paródia com a morte de Michael Jackson, cantada logo no início do show.
No palco, destaques para uma Luíza Possi bastante animada e Fafá de Belém, bem solta, entoando palavrões e abraçando com bom-humor a tiração de onda com seus enormes peitos. Lenine fez falta, mas Nena, a cada ano que passa, o rosto mais característico do Quanta Ladeira, mandou bem no improviso e na empolgação. Outros apenas figuraram, como Vitor Araújo. O show ainda não tinha terminado, quando uma multidão fazia fila para sair do sítio.
Panorama bem diferente do bloco no Rec-Beat ano passado, durante o domingo de Carnaval, quando milhares de pessoas no Paço Alfândega pedem bis. Se é irrelevante citar as críticas sobre a mudança de público que o bloco vem tendo com sua popularização, o que chama mais atenção é o fato da proposta estar desencontrada.
Enquanto músicos ainda parecem se divertir como um despretensioso encontro de Carnaval, o público fez do Quanta um dos eventos mais concorridos, com ingressos esgotados em menos de duas horas. E isso gerou uma demanda que a equipe parece ainda não saber lidar direito. Já foi citado pelos produtores o notável desconforto de lidar com esse crescimento. E, reconhece-se em atender a essa demanda que surge a cada ano, como mudar o local da prévia para um palco e espaço maior. Mas, nos próximos anos, talvez, o Quanta Ladeira precise repensar o quer mesmo se tornar.
Mesmo com uma "bad vibe" nesta prévia e críticas ao show, a expectativa é grande para o domingo, quando o Bloco se apresenta no palco do Rec-Beat, no Paço Alfândega. Ninguém duvida que a plateia estará lotada mais uma vez.
Por Paulo Floro do JC Online
Foto: Reprodução
Utilizando um jargão apropriado ao Quanta, o público estava "de cara" durante quase todo o show. Explico: por volta da 0h30, não havia bebida alcóolica disponível para venda. Com filas enormes para comprar fichas, muita gente teve que retirar o dinheiro de volta. A pouca cerveja que tinha estava quente e muita gente reclamava. O bom-humor estava indo embora antes mesmo do início da "greia". Sorte para os ambulantes, que fizeram sucesso com seus isopores cheio de bebidas geladas. "Latão é quatro conto", foi o que mais se ouviu entre a multidão.
No palco, a música tema do Quanta Ladeira, fez o levante inicial do público, que cantava em coro. Em seguida, as aguardadas novas composições não desceram muito bem. Referências ao mensalão do Democratas, candidatura de Dilma ("essa Dilma ninguém azara") e José Serra não empolgou muito a plateia, que ficou esperando os standards, como "Para eu comer teu c* falta uma polegada" e outros. Divertida a paródia com a morte de Michael Jackson, cantada logo no início do show.
No palco, destaques para uma Luíza Possi bastante animada e Fafá de Belém, bem solta, entoando palavrões e abraçando com bom-humor a tiração de onda com seus enormes peitos. Lenine fez falta, mas Nena, a cada ano que passa, o rosto mais característico do Quanta Ladeira, mandou bem no improviso e na empolgação. Outros apenas figuraram, como Vitor Araújo. O show ainda não tinha terminado, quando uma multidão fazia fila para sair do sítio.
Panorama bem diferente do bloco no Rec-Beat ano passado, durante o domingo de Carnaval, quando milhares de pessoas no Paço Alfândega pedem bis. Se é irrelevante citar as críticas sobre a mudança de público que o bloco vem tendo com sua popularização, o que chama mais atenção é o fato da proposta estar desencontrada.
Enquanto músicos ainda parecem se divertir como um despretensioso encontro de Carnaval, o público fez do Quanta um dos eventos mais concorridos, com ingressos esgotados em menos de duas horas. E isso gerou uma demanda que a equipe parece ainda não saber lidar direito. Já foi citado pelos produtores o notável desconforto de lidar com esse crescimento. E, reconhece-se em atender a essa demanda que surge a cada ano, como mudar o local da prévia para um palco e espaço maior. Mas, nos próximos anos, talvez, o Quanta Ladeira precise repensar o quer mesmo se tornar.
Mesmo com uma "bad vibe" nesta prévia e críticas ao show, a expectativa é grande para o domingo, quando o Bloco se apresenta no palco do Rec-Beat, no Paço Alfândega. Ninguém duvida que a plateia estará lotada mais uma vez.
Por Paulo Floro do JC Online
Foto: Reprodução
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